FORAGIDO DA JUSTIÇA É SUSPEITO DE MATAR EX-NAMORADA E RECÉM-NASCIDO
Policiais civis de Anápolis estão
convencidos de que um homem, que foi resgatado em dezembro de um presídio de
Jaraguá, é o autor do duplo homicídio que chocou a cidade de Anápolis. Laura
Catrine da Conceição Alves, de 21 anos, e a filha dela, Eloá, de apenas oito
dias de vida foram executadas com mais de trinta tiros de pistola calibra 9mm.
O crime foi na tarde de quarta feira.
O suspeito do crime seria ex-namorado de
Laura e, no mês de dezembro, foi resgatado da Cadeia Pública de Jaraguá, junto
com outros catorze presos. A Polícia Civil não revela a identidade do homem,
que tinha sido preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando pasta
base de cocaína. O delegado Renato Oliveira, que investiga o crime, diz que
esse traficante já havia feito ameaças a Laura.
Segundo o delegado Renato Oliveira o homem que matou Laura e a
filhinha dela pulou o muro da casa, que fica no Setor Las Palmas, em Anápolis.
Ele arrombou a porta da sala. Laura morava com os pais e um irmão, mas eles não
estavam na casa quando o bandido entrou.
Laura, ao ouvir o barulho no portão, teria telefonado para uma
amiga, que a orientou a trancar a porta e se esconder no quarto. Foi o que
Laura fez. Ela foi para o quarto, levando a filha. O bandido entrou no quarto,
efetuou mais de trinta tiros e, em seguida, saiu pelo portão da frente e entrou
em um carro que o aguardava do lado de fora. A polícia foi acionada por
vizinhos que ouviram os tiros.
Para o delegado Renato Oliveira a
possibilidade de roubo está descartada. Segundo ele o crime tem característica
de execução. Isso porque Laura vinha recebendo ameaças de um ex-namorado, que
seria o foragido do presídio de Jaraguá.
De acordo com testemunhas três homens estavam
no carro que parou na porta da casa de Laura, apenas um desceu para praticar o
crime. Laura estava com a filha no colo quando foi morta. Quatro tiros
acertaram a criança.
Além da filha, recém-nascida, Laura tinha um
outro filho de três anos. O pai dessa criança de três anos teria sido
assassinado em Anápolis há cerca de dois anos. A recém-nascida era fruto de
outro relacionamento. O pai da criança teria ajudado durante toda a gestação e
no parto. Quando a criança nasceu ele continuou dando assistência.